Fundamental para abrir e fechar a boca, falar e mastigar, a articulação temporomandibular passa despercebida pela maior parte das pessoas até que surge um problema, e são mais comuns do que se imagina.
Dor de cabeça causada por tensão, dor ao mastigar, limitação dos movimentos mandibulares e estalos são algumas das reclamações mais comuns de quem sofre com a popularmente chamada crise de ATM (abreviação de articulação temporomandibular). Pelo menos, existe uma grande variedade de tratamentos capazes de resolver ou aliviar o desconforto – desde placas de mordida atéuma cirurgia.
PLACAS DE MORDIDA – São estruturas de acrílico que têm a função de proteger os dentes, aliviar as articulações temporomandibulares e promover o relaxamento dos músculos da região. “A mais utilizada é a placa estabilizadora lisa, indicada principalmente para pacientes que apresentam bruxismo do sono, em que o paciente range e pressiona os dentes enquanto dorme”. Amaior parte dos pacientes utiliza a placa apenas de noite, mas, dependendo do diagnóstico, em raras ocasiões, ela pode ser usada 24h por dia.
TÉCNICAS DE RELAXAMENTO – A ansiedade tem papel importante na origem e perpetuação de dores crônicas, podendo favorecer, inclusive, a contração da musculatura. Por isso, técnicas de relaxamento são muitas vezes recomendadas a pacientes em tratamento de DTMs. As orientações podem ser passadas pelo próprio dentista ou ainda por psicólogos e fisioterapeutas. “A escolha do profissional é baseada no diagnóstico do paciente”, afirma.
MEDICAMENTOS – Dependendo do diagnóstico pode ser indicado ainda o uso de medicamentos anti-inflamatórios ou relaxantes musculares, afirma o cirurgião-dentista Rodrigo Bueno de Moraes, consultor científico da Associação Brasileira de Odontologia. “A aplicação da toxina botulínica como barreira para a liberação de substâncias que causam dor é outra possibilidade”, diz. Não estranhe ainda a prescrição de antidepressivos e anticonvulsionantes. Eles também são usados para pacientes com dores musculares crônicas, já que elas são controladas pelo sistema nervoso central.
CIRURGIA – Procedimento cirúrgicos são indicados apenas em casos extremos de DTMs. O procedimento é a última carta na manga do especialista, sendo usada apenas em casos que justifiquem um procedimento tão invasivo. Isso acontece com paciente que sofreram fraturas, apresentaram transtornos de crescimento, que desenvolveram tumores, entre outros problemas.
DIETA MACIA – Principalmente após procedimentos cirúrgicos para tratamento de DTMs, os especialistas recomendam a adoção de uma dieta macia, ou seja, uma alimentação que não force as articulações temporomandibulares. “Isso favorece a diminuição de microtraumas, acelerando a recuperação do paciente”, afirma a cirurgiã-dentista Juliana. Vale lembrar, entretanto, que a mastigação com consistência variada também é importante para o funcionamento das arcadas bucais. Assim, a medida é importante, mas deve ter um prazo estipulado para terminar.
TERMOTERAPIATERMOTERAPIA – A terapia de calor ou contraste pode ser associada a determinadas abordagens médicas e odontológicas das articulações temporomandibulares. Compressas frias são utilizadas principalmente após um trauma. Compressas quentes, por outro lado, podem conter dores por promover a vasodilatação do local e, consequentemente, a eliminação de substâncias químicas que favorecem o quadro. Em ambos os casos, espere a indicação médica ou do dentista para realizar o procedimento.
FISIOTERAPIA – Um profissional que costuma trabalhar lado a lado com o dentista em casos de DTM é o fisioterapeuta. “Por meio de aparelhos fisioterápicos ou pela mobilização das articulações temporomandibulares, o paciente trata a disfunção e impede a progressão da dor”, explica a cirurgiã-dentista Juliana. Em tratamentos mais complexos de DTM podem ser requisitados ainda ortopedistas, reumatologistas, neurologistas, otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos e até psicólogos.
LASERTERAPIA – A laserterapia funciona através da bioestimulação de pontos da articulação e de músculos afetados pela DTM”, aponta o cirurgião-dentista Rodrigo. Assim como métodos com ultrassom e de eletroterapia, ela atua na dor do paciente. Seu uso depende do diagnóstico, por isso, o acompanhamento do dentista é fundamental.
Fonte: https://bit.ly/3cVfLm6